Reseña del libro "Justi §a Como Alteridade (en Portugués)"
A justi §a é, ao mesmo tempo, a primeira das virtudes interpessoais e a primeira das virtudes institucionais. Essa é a ideia basilar em torno da qual se investiga o itinerário teórico da justi §a como alteridade, ou seja, da justi §a capaz de superar a vingan §a ao se comprometer com o reconhecimento mútuo. Dentre as possibilidades do justo reconhecimento mútuo, a presente pesquisa refaz o percurso das identidades narrativas em busca do entendimento do que há de mais raro na justi §a como alteridade: a sua abertura ao horizonte do perd úo difícil. Se a finalidade da pesquisa depende da adequada ressignifica § úo da vida em comum pelo perd úo difícil, o seu desenrolar está intrinsecamente vinculado á fenomenologia da identidade pessoal como identidade dialógica e institucionalmente construída. Por isso, baseia-se em referenciais teóricos que procuram primeiramente esclarecer a emerg ªncia dos conflitos interpessoais a partir da fenomenologia do sujeito como agente e paciente, como sujeito aut ´nomo, mas também vulnerável. Em seguida, procura-se compreender a import óncia do judiciário enquanto encarna § úo institucional do ideal de justi §a. Enfim, defende-se a reconcilia § úo com a alteridade pelo perd úo difícil, horizonte metajurídico certamente, mas n úo menos justo em se tratando da ressignifica § úo das rela § µes com o(s) outro(s), próximo(s) e distante(s). O perd úo jamais substituirá a justi §a nos limites e nas fei § µes do judiciário, mas certamente o transcenderá. O percurso da presente pesquisa desenvolve-se, portanto, dos conflitos á puni § úo ou á atribui § úo de culpa para a justi §a como reciprocidade e, desta, para o reconhecimento mútuo na forma do perd úo difícil. Demonstra-se que perdoar n úo é esquecer, mas sim reinterpretar o trauma com o intuito último de transpor os círculos destrutivos de vingan §a pela alteridade que enceta compreens úo das fraquezas humanas. Com a ressignifica § úo, é a memória feliz, como consequ ªncia do perd úo difícil, aquela a quem se dirige também a justi §a como alteridade.Isabela Nascimento.